Vinde Espírito Santo!
Chegamos à grande Solenidade de Pentecostes!
Para celebrar este dia, trago textos retirados dos escritos da Bem-aventurada Conchita Cabrera de Armida (1862 – 1937), esposa e mãe, inspiradora das Obras da Cruz.
O Espírito Santo e a Igreja
A Beata Conchita recebeu muitas luzes sobre o Espírito Santo e sobre seu papel na vida da Santa Mãe Igreja. Assim lemos:
“É o Espírito Santo para o homem, o fruto de minha oração, de minha ardente oração, isto é, o grito inefável do amor de meu Coração de Deus homem, a maior de minhas ternuras em favor do mundo e, sobretudo, de meus sacerdotes.
Eu implorei para eles muito principalmente esse Espírito santificador que é Luz incriada, para que ilumine a minha amada Igreja e a santifique.
Sem o Espírito Santo, não poderia existir a Igreja e, portanto, meus sacerdotes, ficando nula ou trunca minha redenção. Mas como eternamente estava essa Igreja concebida e realizada na mente da Trindade, eternamente também, já o Espírito Santo era indicado pelo Pai para governá-la”. [29 agosto 1928]
O Espírito Santo em nossa vida interior
Uma das missões da Beata Conchita é fomentar nas almas o profundo amor pelo Espírito Santo e mostrar como também na nossa vida de piedade deve ter um lugar central, como somos chamados a um profunda intimidade com o Paráclito. Assim escreve:
“Veja, minha filha – me disse. Existe um tesouro escondido, uma riqueza que não foi explorada nem se aprecia em seu verdadeiro valor, sendo que é o maior, do céu e da terra, o Espírito Santo.
Não, minha filha, nem o mundo das almas o conhece devidamente. Ele é a luz das inteligências e o fogo dos corações; e se há tibieza, e se há frio, e fraqueza, e tanto males que afligem o mundo espiritual, e até minha Igreja, é porque não se recorre ao Espírito Santo.
Sua missão no céu, sua vida, seu Ser, é o amor; e na terra, levar as almas a esse Centro do amor que é Deus. Com Ele, se tem tanto quanto se pode almejar; e se há tristeza é porque não se recorre ao Divino Consolador, que é a alegria completa do espírito; se há fraquezas, é porque não se recorre à Fortaleza invencível; se há erros, é porque se despreza aquele que é a Luz; se se extingue a fé, é pela falta do Espírito Santo.
Não, minha filha, não lhe é dado o culto que se deveria lhe dar, em cada coração, na Igreja inteira, ao Espírito Santo; e a maior parte do que se chora na Igreja e no campo das almas, é porque não lhe é dado toda a primazia que Eu lhe dei, a este Santo Espírito, a esta terceira Pessoa da Trindade, que teve parte tão ativa na Encarnação do Verbo e no estabelecimento da Igreja.
Ele é amado com tibieza, é invocado sem fervor, e em muitos corações mesmo dos Meus, nem sequer é recordado, minha filha, e isso fere muito profundamente o meu Coração.
Já é tempo, de que o Espírito Santo reine – dizia o Senhor como comovido - e não lá distante, como uma coisa altíssima, ainda que o seja, e não há coisa maior que Ele, porque é Deus, conjunto e consubstancial com o Pai e o Verbo, mas aqui perto, filha, em cada alma e coração, em todas as artérias de minha Igreja.
Veja, filha. No dia que circular por cada Pastor, por cada sacerdote, como sangue, assim de íntimo, o Espírito Santo, se renovarão as virtudes teologais, que definham, mesmo nos que servem a minha Igreja, pela falta do Espírito Santo. Então mudará o mundo, pois todos os males que nele se lamentam hoje, têm por causa, o distanciamento do Espírito Santo, seu remédio único” [19 de fevereiro de 1911]
Pelos Sacerdotes
Na oração, a Beata Conchita contemplará o grande amor de Jesus por seus sacerdotes e a importância sem par de sua missão. E no diálogo íntimo com Jesus, Ele lhe manifesta um desejo seu: a Comunhão Dominical ao Espírito Santo pelos sacerdotes.
Consagração ao Espírito Santo
O Servo de Deus Mons. Luís María Martinez, Arcebispo da Cidade do México, foi o último diretor da Beata Conchita e grande místico ele mesmo. Eu tive a graça de traduzir ao português uma obra sua intitulada “A Verdadeira Devoção ao Espírito Santo”, publicada pela Editora Ecclesiae, onde explica a Consagração ao Espírito Santo.
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Deus lhe pague!
Em união de orações,
José Eduardo Câmara